terça-feira, 1 de março de 2016

A estabilidade me pegou em cheio em um ônibus repetidamente cheio, uma estabilidade completa e definida com trancos de transporte público, pessoas dormindo ao lado, mulher acabada entra, criança chora, menina bonita mexe nos cabelos, estava assistindo de fora por dentro toda a escassez de vida, continuei estagnada assim como mãe da criança que continua a chorar.
Ainda sinto raiva, tristeza e até felicidade, são pequenas doses escuras e vazias. Nunca é intenso, emocionante e vívido, nem mesmo a dor que quase sempre se faz a mais evidente. Seria triste se não fosse indiferente, assim, me pergunto se estou numa estabilidade sertralina ou me afundando novamente em oceanos conhecidos anteriormente, porém a pergunta que mais cabe na situação é se estou ou se sou. Há tempos meu solo não dá mais lágrimas de riso, nem bom humor expressivo de criança. 
Costumava dizer que era criança, por atitudes infantis, piadas sem sentido, ingenuidade, hoje em dia estou intoxicada assim como minha mãe dez ligeiros anos atrás chegando início de madrugada acabada, feito mulher no ônibus.
Se estou ou se sou sempre terminarei minhas estabilidades com instabilidades de qualquer outro campo ou até mesmo uma fr

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